segunda-feira, 24 de junho de 2013

Led-Zeppelin



James Page Jr. era de Epson, Inglaterra. Com 17 anos e uma guitarra Fender Stratocaster na mão, começou a tocar com uma banda local chamada The Crusaders e logo ficou conhecido como Jimmy Page, um guitarrista virtuoso, criativo e muito ágil. Ouvia discos de jazz, rock’n'roll e country. O resultado  dessa influência foi uma mistura estranha de Ricky Nelson com Chuck Berry, segundo Ana Maria Bahiana. Rapidamente, tornou-se um dos mais requisitados guitarristas, a ponto de começar a trabalhar em estúdios gravando com vários grupos que já alcançavam as paradas de sucesso. Foi nessa época que conheceu Jeff Beck, considerado então um mago da guitarra, que estava à frente de um grupo que disputava os primeiros lugares nas paradas Britânicas: The Yardbirds.

No verão, de 66, nos bastidores de um show em Oxford, uma briga entre os integrantes do Yardbirds fez com que o vocalista e o baixista da banda abandonassem “o barco”. Num momento de desespero, Beck convocou Page, então na plateia, para tocar o baixo. Daí até assumir a guitarra após a saída de Beck, que resolveu montar seu próprio grupo, foi um passo. Um ano após shows e turnês com o Yardbirds, mudanças quase mensais de formação e a banda em baixa, Jimmy resolveu montar outro grupo aproveitando músicos que já tinham tocado com ele em outras situações. Convidou John Paul Jones para o baixo e, ao assistir a um show da Band Of Joy, em Birmingham, Inglaterra, saiu encantado com o vocalista Robert Plant, de apenas 20 anos. Convidado por Page para o novo projeto, Plant indicou o baterista John “Bonzo” Bonham, que em outros tempos havia participado da banda de Plant. Estava determinada formação para o novo grupo. O Yardbirds encerrava ali sua breve e marcante carreira.
Certa noite, Keith Moon, então baterista do The Who, apareceu no ensaio da nova banda e perguntou se já tinham nome. Jimmy respondeu que, por ainda haver contratos do Yardbirds a serem cumpridos, eles se auto-intitularam The New Yardbirds. Moon achou o nome “boboca” e disse que, pelo som pesado que produziam, deveriam chamar-se Led Zeppelin (Zeppelin de chumbo). Pronto! O novo grupo estava batizado. Em 1969, lançaram o primeiro LP, que vendeu 500 mil cópias, com músicas como “Good Times Bad Times” e “ Communication Break Down”. O quarteto conquistou, a partir de então, boas colocações nas paradas de sucesso. Seis meses após essa estreia em disco, lançaram o segundo álbum, que continha o clássico “Whole a Lotta Love”, além de “Living Love Maid”, música na qual Bonham protagonizou um incrível solo de bateria com as mãos.

Em 1970, o álbum “Led Zeppelin III” superou todas as expectativas. As canções, todas escritas por Robert Plant, levou a revista americana Rolling Stone a chamar o disco de “acústico de ferro”. “Blues da grande cidade, da paranoia contemporânea”, publicou o Melody Maker, mais antigo jornal de música da Inglaterra, sobre a canção “Since I’ve Been Loving You”. “Immigrant Song” e “Tangerine” ajudaram a puxar para cima a venda do álbum. Em 1971, lançaram um disco ao vivo, sem título, menos pesado do que estávamos acostumados ouvir e com “Rock and roll”, música que tornou-se uma marca registrada do Led, além das ótimas “Black Dog” e “Misty Mountain Hop”, que não podem deixar de ser ouvidas. A banda excursionou por toda América, Europa, Austrália e Japão. Foi quando apresentou-se ao público a obra definitiva de Page / Plant, a maravilhosa “Stairway To Haven”, também parte desse LP.
Em 73, em um mega concerto no Madson Square Gardem, o grupo se superou. Num espetáculo que misturava imagens de vida pessoal de cada integrante da banda com músicas que falavam à alma dos fãs, foi lançado o filme “The Song Remains The Same”, um show inesquecível que não pode deixar de ser assistido. A partir daí, o Zeppelin de chumbo, que continuou sobrevoando sobre nossas cabeças por mais de 40 anos, toma outros rumos com mais alguns LPs, discos solos dos integrantes, o fim da banda, reencontros e reuniões diversas, principalmente da dupla Page / Plant. Não entramos em detalhes aqui sobre a morte do baterista John Banham em 79. Na época, ele foi imediatamente substituído por seu filho, Jason Banham. Mas, para nós, ele continua mais vivo do que nunca. Duvida? Ouça então os discos do Led Zeppelin. 
agora um pequeno pedaço da musica dessa banda esplendida.

Led Zeppelin - Live at the Royal Albert Hall 1970 (Full Concert)

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